domingo, 20 de junho de 2010

Ficha de Leitura

O livro Pensar Queer, retrata a história de um professor universitário africano e homossexual que luta constantemente pela aceitação por parte da sociedade, principalmente dos seus alunos. Assim o propósito deste livro é a sugestão de uma táctica para a mudança educativa que é uma educação que promove a igualdade de escolhas. Daí o nome do livro, Queer, significa diferente, algo estranho, algo de anormal. Mas ser Queer e pensar Queer, são duas coisas diferentes, não muito distantes, mas desiguais. Queer é a diferença que existe, neste caso, a homossexualidade, uma diferença que existe no género do ser Humano. Ter um pensamento Queer é aceitar todas essas diferenças; aceitar o que é estranho relativamente àquilo que são designados de padrões comportamentais tidos como normais pelas culturas dominantes. Deste modo, o objectivo deste livro centra-se numa solução baseada na transformação do espaço escolar num centro de ponderação, a fim de construir uma sociedade sem preconceitos. Tudo isto é possível, porque os alunos são dotados de meios para a compreensão ou para o conhecimento dos factos de transgressão visando contribuir para uma mudança política e social.

O capítulo Sétimo “Nutrindo Imagens, Paredes Sussurantes”, retrata as imagens que estão presentes no gabinete do professor universitário.

O texto fala-nos das imagens que fazem parte da decoração do gabinete de um professor universitário descendente africano que se assumiu como homossexual. Mas estas imagens simbolizam para o docente muito mais do que simples quadros, do que simples elementos de decoração para as suas paredes. São três imagens que lhe dão respostas e força para enfrentar a sociedade preconceituosa com a qual se depara e triunfar. As imagens ajudam ainda os próprios visitantes do seu gabinete a seguir as suas “pegadas” inclusive alunos e funcionários. “As imagens escolhidas (…) proporcionam aos visitantes uma linguagem visual das várias representações da identidade do ocupante”.

Uma imagem de duas crianças africanas abraçadas ombro a ombro, que denota toda a inocência que falta ao homem adulto; uma lésbica participante activa na cultura homossexual (Audre Lorde) e um activista dos direitos homossexuais (Marlon Riggs).

Nesta obra o autor fala de três imagens que estão expostas na parede do seu escritório, afirmando que é através delas que as pessoas ficam a saber um pouco dele. A primeira imagem é de uma lésbica participante activa na cultura gay, a segunda é um activista dos direitos homossexuais e por último a outra imagem evidência dois jovens de 5 anos descendentes afro-americanos abraçados ombro a ombro. As imagens explicam que a educação influenciará os comportamentos futuros, porque como refere o professor elas (imagens), partilham o tipo de sorrisos inocentes que poucas pessoas, que não as crianças, podem possuir. As duas primeiras imagens que referi ajudam a nutrir uma resistência progressiva no professor e nos outros que podem estimar, ou seja, os visitantes do gabinete (alunos, professores e funcionários).

“Vivemos numa sociedade onde a informação e cultura têm tratamento predominantemente visual.”

Esta citação tem muito que se lhe diga. Em certa parte resume o capítulo trabalhado pelo nosso grupo pois quando o professor expõe as imagens na parede, é com o intuito das pessoas que visitam o seu gabinete, sendo parte da sociedade, extraírem a informação necessária sobre a sua personalidade e sobre tudo aquilo que é realmente importante para o professor.

Há dois tipos de distinção entre as imagens, há as imagens figurativas e as imagens abstractas ou representativas e não representativas, segundo este artigo, as imagens figurativas ou representativas são aquelas que contêm a informação sobre os objectos, situações ou temas. Também há imagens abstractas ou não representativas, que são aquelas que facilitam a percepção, mas não “a percepção”. Cada imagem tem de passar a sua mensagem e convencer à sua maneira. Tal como esta citação diz: “São indivíduos com opiniões próprias que produzem essas imagens e revelam orientações subjectivas e únicas.” O professor era um indivíduo com estas características. O objectivo do professor era que as pessoas que entrassem no seu gabinete percebessem que não deveriam ter medo de assumir aquilo que são na realidade, pois assim não tinham de se sentir mal por andar a esconder a realidade e a sociedade a partir disso ia começar a aceitar a diferença até que a expressão “diferente” deixasse de existir por completo.

As imagens que o professor tinha no seu local de trabalho, nomeadamente na parede, eram imagens que revelariam a sua orientação sexual.

Eles expôs para que outros professores e alunos deixassem de assumir um comportamento preconceituoso, levou-os a aceitar e a lidar com um comportamento “diferente”; por sua vez, esta acção, leva a que os próprios homossexuais se possam libertar e assumir o que realmente são sem medo de serem julgados.

O professor, demonstra ainda, um certo receio de comunicar e verbalizar a sua orientação sexual, então através das imagens ele expõe o seu medo de falar. Mas não tem medo de expor o que realmente é.

Se formos avaliar a vitória deste professor universitário é no fundo facto de conseguir publicar um artigo no qual retrata um pouco da sua vida, onde diz ser um professor de uma universidade, homossexual e africano. Apesar de todos estes supostos "entraves" perante a sociedade, venceu na vida.

Referência Bibliográfica: Susan Talburt & Shirley R. Steinberg (Orgs.). Pensar Queer: sexualidade, cultura e educação. Mangualde: Edições Pedagogo, pp.162-173

Podcast Elisabete Novo




Duração: 1 minuto

Ano de lançamento: 2010

Direcção: Elisabete Novo

Produção: Elisabete Novo

Música: Hilton Haw – Come with me

Programa: Windows Movie Maker.

Efeitos: Windows Movie Maker.


Sinopse

Durante um minuto tentei demonstrar o que as pessoas acham de mim utilizando frases por elas expressas, dada a sua importância na minha vida. Através das frases tentarei mostrar quem é a minha pessoa e como me “dou” aos outros.






terça-feira, 8 de junho de 2010

Podcast Sandra Costa



Sinopse: Todos temos os nossos bons e maus momentos na vida, como tal a elaboração deste vídeo partiu de todos esses momentos que passei na vinda para a universidade.
Desde o receio de entrar num mundo completamente diferente do que estava habituada, ás dificuldades que poderia ter em criar relações de amizade. Assim sendo este vídeo foi pensado para demonstrar isso mesmo.

Reflexão: Como todo na vida este vídeo não sendo diferente, teve os seus pontos positivos e negativos. Desde o gozo que me deu em fazê-lo, ás dificuldades porque passei para o elaborar.

Na execução deste vídeo tive vários entraves para fazê-lo:
- escolha do tema para executar este vídeo;
- limitação do tempo do vídeo.
Como pontos positivos na realização deste vídeo tenho apontar:
- o relembrar dos momentos passados através das fotos escolhidas;
-poder demonstrar um pouco o que foi a minha vinda para a universidade.

Podcast Marta Vilaça



Bocadinhos de Uma História

Sinopse: Uma frase, dezassete fotos, 1 minuto e 15 segundos que tentam transmitir algumas características que definem a Marta, resultado de uma história com 21 anos. O vídeo visa dar a conhecer algumas das pessoas que fizeram ou fazem parte da vida dela, …

Reflexão: No vídeo optei por colocar uma frase que representa a minha “Filosofia de vida”, pois a vida é como uma peça de teatro, onde podemos “vestir” uma imensidão de papéis, personagens, onde nos rodeamos de protagonistas, figurantes, vilões, heróis, romance, comédia, drama… umas peças duram mais que outras mas todas têm valor e algo para dar a conhecer. Os actores que amam o espectáculo desejam que quando a cortina se fecha, se possam ouvir aplausos.

O grande obstáculo que encontrei na realização desta tarefa foi o facto de ter de trabalhar com um programa que não conhecia (Windows Movie Maker), o que se revelou enriquecedor pelo facto de poder ser aplicável em variadas situações; outro foi o tempo que cada um disponibilizava para apresentar o seu vídeo identitário (apenas um minuto).





Podcast Vera Lima



Sinopse: Este vídeo retracta uma mulher apaixonada que se vê privada de amar, de gozar, de usufruir do conforto humano. Então “num dia menos distante que o amanhã” ela senta-se a escrever, recordando e, recorrendo às suas memórias o quanto poderia ter tido se soubesse que este sentimento lhe estaria a consumir no hoje.

Sente-se só, vagabunda, perdida e insaciável. Passa o tempo a esconder o choro das preocupações e das angústias, mas nem esse choro é fruto de íris (paz), porque ele não é capaz de lhe conceder desejos de ser amada. Magoa-se de cada vez que cogita, nas horas que se culpabiliza, por se sentir responsável pelo seu próprio sofrimento. Se ela não o tem, se nunca o descobriu ou se nunca se encontraram, é porque se perdeu em banalidades que hoje lhe custam o sorriso.

No final da escrita de sofrimentos aventura-se no mais importante – no quem TEM. Tem amigos e companheiros de jornadas, de episódios e de aventuras que a fazem esquecer a parte incompleta. Graças aos Amigos, senhores detentores de sacrifícios, de imaginação, de loucuras, de alma, ela consegue sorrir e abandonar os sentimentos de impossibilidade.

Reflexão: A actividade D, realização de um podcast, vídeo identitário, com a tarefa árdua de um minuto, transformou o meu cérebro em água.

Normalmente, estou habituada a construir vídeos com mais de quatro minutos, para sentir que coloquei parte de mim e não para depois, não pensar naquilo que poderia ter colocado.

Inicialmente, quando construo vídeos crio primeiro a música. Faço uma montagem de músicas e sons que marcam presença na minha vida. Mas, criei mais quatro músicas o que corresponde a mais quatro vídeos, que acabei por não seleccionar, eles retratavam, ou a dança, ou banalidades ou risos.

Este vídeo acabou por ser um regresso daquilo que muitas vezes fujo. Um avivar memórias. Naturalmente, que o envolvimento no vídeo, e as tentativas de construção de vídeos e os próprios vídeos caseiros que realizamos em casa na brincadeira, fizeram com que o sol brilhasse mais alto.

Só sinto que ninguém vai entender e interpretar o vídeo, porque este contém um excerto de uma carta que eu escrevi, e sei que ninguém me vai identificar com as palavras proferidas.